Troféu Semear emociona homenageados e reafirma a força da comunidade jandirense

Jandira

No último sábado (29), Jandira viveu uma noite que ficará guardada na memória de todos que acreditam na força da união, da gratidão e do reconhecimento. A entrega do Troféu Semear, um dos eventos mais tradicionais e afetivos do município, chegou à sua 12ª edição emocionando mães, pais, profissionais de diversas áreas e entidades que, com seus gestos e trajetórias, transformam o cotidiano das pessoas ao redor.

Idealizado por Geraldo Teotônio, o Gê, o Troféu Semear nasceu de um desejo profundamente humano: honrar pessoas comuns que realizam feitos extraordinários. Suas raízes estão fincadas na generosidade, na coragem e na presença ativa no mundo, valores que atravessam cada homenagem, cada olhar emocionado, cada história contada em praça pública.

Este ano, porém, antes mesmo que as luzes se acendessem, o evento enfrentou um tropeço inesperado. O espaço da Câmara Municipal, previamente solicitado e reservado, foi negado de última hora sob a alegação de problemas na energia elétrica. Mesmo após inúmeras tentativas de diálogo feitas pelo ex-prefeito, nenhuma resposta efetiva foi dada pelo presidente da Casa.

Mas a história não parou aí, e o Semear também não.

A data, marcada em celebração ao aniversário de Jandira, trouxe consigo um símbolo maior: a resiliência de um povo que não desiste de se celebrar. Sob o céu aberto da Praça dos Artistas, em frente ao Espaço Biguá, lugar próximo a Câmara, o Troféu Semear renasceu com ainda mais força. Não houve teto, mas houve estrelas. Não houve luz elétrica, mas houve brilho. Não houve palco fechado, mas houve praça viva.

Entre os homenageados, a voz sensível de Raimunda Alves da Paixão traduziu em poesia o que aquela noite significou para todos:

“Fomos cobertos pelas lonas azuis do céu,
um anjo apertou o interruptor
e fomos iluminados pela luz e pelas estrelas.


Não nos faltou energia diante da falta de energia que o homem não nos concedeu.
Fomos fortalecidos pela garra da cidadania
e concluímos que a união faz a força
e que não caímos com um pequeno tropeço.”

As palavras escritas e enviadas em letra cursiva de Raimunda ecoam a essência do Semear: a certeza de que quando a comunidade se une, nenhum obstáculo impede a colheita. Naquela noite, cada história foi semeada com dignidade; cada homenagem, oferecida com amor; cada aplauso, sustentado pela força coletiva de quem acredita que reconhecer o bem é também um ato político e de esperança.

Parabéns ao idealizador Gê, à Caritas, aos voluntários e a cada pessoa que, mesmo diante da adversidade, fez do Troféu Semear um manifesto de resistência, afeto e cidadania.

Porque algumas histórias não precisam de paredes, basta o céu.

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