“O tempo é um bem precioso, e nem sempre nos damos conta de sua finitude. Neste texto, trago uma reflexão sobre como lidamos com o agora, as relações que construímos e as marcas que deixamos no caminho.”
Não tenho mais tempo…
Vivo tal estado de serenidade que corto todas as arestas do desentendimento.
Revejo caminhos.
Refaço percursos.
Se necessário for, volto atrás e peço perdão.
Não disponho de tempo, não mais…
Já vivi a maior parte de minha existência.
Na verdade, nunca tivemos esse tempo. Vivemos na roleta-russa da vida,
sem a certeza do amanhã, mas como se este capítulo nunca fosse ter um ponto final.
Mas tem…
No percurso, uma palavra mal empregada, mesmo sem intenção,
pode abrir uma ferida na vida de alguém.
Muitas vezes seguimos adiante, tendo o olhar magoado a nos seguir.
Há muitas pessoas doentes, acometidas por doenças degenerativas causadas por mágoas,
ressentimentos que, muitas vezes, foram plantados sem que o outro soubesse.
A beleza contida na juventude se perde e dá lugar a outro tipo de beleza.
Uma beleza que vem revestida dessa sabedoria boa, dessa intuição
que nos pede para retroceder e dar um desfecho digno a cada capítulo.
Se alguém virou as costas para você, veja como pode reverter isso.
Faça o que for possível, mas, se mesmo assim ele(a) seguir rancoroso(a),
afaste-se e aguarde.
Lembre-se: quem se alegra com sua companhia saberá preservá-lo(a) no coração.
📌 Sobre a autora
Adriana Biazoli é jornalista, escritora e apresentadora. Apaixonada pela arte da comunicação, atua como contadora de histórias, apresentadora, Mestre de Cerimônias e ministra cursos para ajudar pessoas a se expressarem melhor. Acredita que palavras bem empregadas podem transformar vidas.
Instagram: @adrianabiazoli
Email:biazoliadriana@gmail.com
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Escrito em 02/12/2024
