Escolas estaduais de Carapicuíba, Jandira, Osasco e Barueri são selecionadas para programa cívico-militar

Osasco Barueri Itapevi Jandira

Seis escolas da região oeste da Grande São Paulo estão entre as 100 selecionadas para adoção do modelo cívico-militar a partir do segundo semestre de 2025

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) divulgou a lista oficial das 100 escolas que passarão a operar no modelo cívico-militar a partir do segundo semestre de 2025. Entre as selecionadas estão seis unidades da região oeste da Grande São Paulo:

  • Escola Estadual Basílio Bosniac – Carapicuíba
  • Escola Estadual Deputado Salomão Jorge – Carapicuiba
  • Escola Estadual Dorvalino Abílio Teixeira – Jandira
  • Escola Estadual Professor Lênio Vieira de Moraes – Barueri
  • Escola Estadual Professor Gastão Ramos – Osasco
  • Escola Estadual Rosa Bonfiglioli – Osasco

A escolha das unidades ocorreu após três rodadas de consulta pública realizadas ao longo de 2024, nas quais participaram mais de 106 mil pessoas das comunidades escolares. Pais, responsáveis, alunos a partir de 16 anos, professores e demais funcionários puderam votar. Do total, 87% manifestaram-se favoráveis à implantação do programa. Ao final do processo, 132 escolas foram aprovadas, quatro rejeitaram o modelo e 166 não atingiram o quórum mínimo exigido.

Como o número de escolas interessadas superou a meta estabelecida para 2025, a Seduc-SP utilizou critérios técnicos para definir as 100 que receberiam o novo modelo: cada município teria ao menos uma unidade contemplada, com prioridade para escolas em regiões de alta vulnerabilidade social (segundo o IPVS) e com baixos resultados no IDESP (Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo).

O que muda com o novo modelo?
As escolas cívico-militares manterão o Currículo Paulista, com os professores e demais profissionais da educação permanecendo responsáveis pelo ensino-aprendizagem. A principal novidade é a atuação de um núcleo militar, formado por policiais militares da reserva que atuarão como monitores e coordenadores. Esses profissionais irão lidar com a disciplina, a organização do ambiente escolar e as atividades extracurriculares, sempre sob a liderança do diretor da escola.

Os monitores serão selecionados pela Seduc-SP com apoio da Secretaria da Segurança Pública, responsável por analisar os antecedentes e histórico dos candidatos. A proposta é promover um ambiente escolar mais disciplinado, com foco na valorização de princípios como respeito, civismo, pontualidade e cultura de paz.

Além das disciplinas regulares, as escolas contarão com atividades extracurriculares voltadas para a cidadania, civismo e fortalecimento da autoestima dos estudantes. Os alunos também utilizarão uniformes diferenciados, de padrão militar.

Objetivos do programa
A proposta das escolas cívico-militares é melhorar o desempenho educacional e o ambiente escolar, especialmente em regiões com baixo IDH e altos índices de vulnerabilidade social. Em todo o estado, 50 mil alunos devem ser diretamente beneficiados com a implantação do modelo em 89 municípios — dos quais 80 têm Índice de Desenvolvimento Humano abaixo da média estadual, e 37 estão abaixo da média nacional.

Compromisso com a comunidade
A implementação do modelo será feita com base no diálogo e na participação ativa da comunidade escolar. A Seduc-SP reforça que a consulta pública foi fundamental para garantir a transparência e a legitimidade do processo.

Com a implantação do modelo cívico-militar, a expectativa é de que as unidades escolares envolvidas fortaleçam os vínculos com suas comunidades, oferecendo uma formação mais integral aos seus estudantes e contribuindo para a melhoria da qualidade do ensino.

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Redação Nossa Oeste

 

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