Resumo:
- O lançamento do documentário “O Que Eu Chamo de Lar?” acontece na Praça das Artes, nesta terça, 9, marcando mais um evento relevante na cena local.
- O filme, de uma moradora de Barueri, reflete sobre habitação, expansão urbana e impactos da especulação imobiliária.
- A obra se insere no contexto de um município que vem investindo constantemente em cultura e espaços públicos de arte.
O documentário “O Que Eu Chamo de Lar?” traz reflexões instigantes sobre o que realmente idealizamos como casa, além de analisar a expansão imobiliária desenfreada no Brasil. A obra foi selecionada por meio de um edital da Secretaria de Cultura e Turismo de Barueri (Secult) e produzida com recursos da Lei Aldir Blanc, em parceria com a Cafofo Filmes.
O roteiro acompanha as ideias socioambientais da artista visual Andréia Franco, residente no Jardim Júlio. Ela, que também é produtora, divide a direção do trabalho com Agatha Reis e Gil Gonçalves.
A temática
O documentário se inspira na criação visual da artista, que compartilhou suas ideias e opiniões com vizinhos de Barueri e até com moradores de áreas indígenas. “Tivemos a preocupação de abordar o assunto com leveza, mostrando como a arte pode abrir algumas discussões. Dessa forma, podemos atingir não só quem já está por dentro das pautas ambientais, sobre cidade e desenvolvimento, mas também pessoas que nunca pensaram sobre essas questões”, revela Andréia.
O lançamento do documentário acontece nesta terça-feira, dia 9 de dezembro, na Praça das Artes. Esse imponente e importante espaço de arte da cidade será cenário de mais um evento relevante na cena local.
Saiba mais
As experiências da equipe do curta-metragem em terras ancestrais geraram conversas marcantes com lideranças locais. “Durante o processo, fomos percebendo o quanto os temas abordados ganhavam evidência. A gravação da entrevista com Jaci Martins (‘Jaxuka’, do Núcleo Yvy Porã) foi emocionante, já que nosso encontro aconteceu uma semana depois do reconhecimento, pelo Estado brasileiro, da demarcação da Terra Indígena Jaraguá (SP). Essas comunidades sempre lutaram muito por seus direitos, e a força delas é uma grande inspiração”, complementa Andréia.
Outros momentos importantes da produção aconteceram em encontros com moradores de Barueri. Os registros mostram pessoas falando sobre respeito, ancestralidade e criticando a especulação imobiliária na região.
Andréia observa que é necessário repensar as formas de habitar. “Se não houver um questionamento sobre o modelo de vida e moradia que é imposto a todos, principalmente aos residentes das cidades, vamos vivenciar cada vez mais situações piores do que os desastres climáticos e crimes ambientais que já enfrentamos”, alerta.
No contexto geral, “O Que Eu Chamo de Lar?” analisa o desenvolvimento urbano descontrolado e compara as diferentes concepções de casa na vida urbana e nos territórios tradicionais. O filme é um registro emocionante que nos leva a refletir sobre os desafios de construir um mundo mais justo e sustentável.
Em breve, o curta-metragem deve percorrer festivais e mostras. Além disso, a produção pretende exibir o filme em locais interessados em utilizar o material audiovisual para fomentar o debate público.
Serviço
Lançamento do filme: “O Que Eu Chamo de Lar?”
Horário: 19h (duas sessões*)
Local: Praça das Artes – Sala Ruy Ohtake
Endereço: Rua Ministro Raphael de Barros Monteiro, 255 – Jardim dos Camargos Entrada: Gratuita
*Obs.: Serão duas sessões contínuas. A primeira sessão contará com medidas de acessibilidade produzidas pelo Coletivo Desvio Padrão: intérprete de Libras, narração com descrição de imagens e legenda com áudio descritor.

