Ultimo hospital em Gaza é fechado, após ataque de Israel

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O Hospital Kamal Adwan, último grande centro de saúde em funcionamento no norte de Gaza, foi desativado após sofrer mais de 20 ataques de forças israelenses em uma única semana. Este episódio agravou ainda mais a crise humanitária na região, já devastada por conflitos e pela precariedade do sistema de saúde.

De acordo com o Ministério da Saúde Palestino, soldados israelenses invadiram o hospital, incendiaram parte de suas instalações e forçaram a evacuação de pacientes e profissionais de saúde. O diretor da unidade, Dr. Hussam Abu Safia, foi detido durante a ação militar e, até o momento, seu paradeiro permanece desconhecido.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) relatou que, mesmo após os ataques, 25 pacientes em estado crítico, incluindo pessoas em ventilação mecânica, permaneceram no local acompanhados por 60 profissionais de saúde que optaram por não abandonar os atendidos. Já os pacientes em estado moderado a grave foram transferidos para o Hospital da Indonésia, que também foi danificado e encontra-se inoperante.

A Agência das Nações Unidas classificou a situação como alarmante, descrevendo o ataque ao sistema de saúde de Gaza como um “desmantelamento sistemático”, que equivale a uma sentença de morte para milhares de palestinos dependentes de tratamento médico.

O exército israelense alegou que o hospital estaria sendo usado como um “reduto terrorista do Hamas”, mas não apresentou evidências que comprovassem a acusação. Em resposta, o Hamas negou categoricamente as alegações.

Desde o início do conflito, em 7 de outubro de 2023, a ofensiva israelense em Gaza resultou na morte de pelo menos 45.484 palestinos e deixou mais de 108 mil feridos, segundo autoridades locais. No mesmo período, 1.139 pessoas morreram em Israel em ataques promovidos pelo Hamas, que também mantém mais de 200 reféns.

A escalada de violência continua a agravar a situação humanitária na região, com a comunidade internacional pedindo esforços para proteger civis e preservar infraestruturas essenciais.

Fonte: Aljazeera

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