Com a chegada do período de estiagem, São Paulo enfrenta dias consecutivos de baixa umidade relativa do ar. O fenômeno, comum entre os meses de inverno e início da primavera, pode trazer riscos à saúde, principalmente de crianças e idosos, os mais vulneráveis aos efeitos do clima seco.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o índice ideal de umidade do ar deve estar entre 40% e 70%. Quando os níveis caem abaixo de 30%, como tem acontecido em diversas cidades paulistas, o organismo sofre com ressecamento das mucosas, desconforto respiratório e aumento na incidência de problemas alérgicos e respiratórios.
Riscos à saúde
Em crianças, o clima seco pode agravar quadros de rinite, bronquite e asma. Já nos idosos, há maior propensão à desidratação e complicações cardiorrespiratórias. Além disso, a baixa umidade aumenta a circulação de vírus e bactérias, favorecendo infecções respiratórias.
“O ar seco prejudica as vias respiratórias, reduzindo a capacidade de defesa do organismo. Crianças e idosos merecem atenção redobrada, pois têm a imunidade mais sensível”, alerta o pneumologista Dr. Ricardo Mendes.
Como minimizar os impactos
Para reduzir os efeitos da baixa umidade, especialistas recomendam medidas simples, mas eficazes:
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Hidratação constante: ingerir bastante água, sucos naturais e evitar bebidas com cafeína ou álcool.
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Ambiente úmido: usar bacias com água ou toalhas molhadas nos quartos, além de umidificadores, especialmente durante a noite.
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Higiene nasal: lavar o nariz com soro fisiológico auxilia na proteção das vias respiratórias.
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Evitar exercícios intensos: durante os períodos mais secos do dia, entre 10h e 16h, a prática física ao ar livre deve ser evitada.
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Roupas leves e banhos mornos: ajudam a manter a pele hidratada, reduzindo o ressecamento.
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Atenção às crianças e idosos: oferecer líquidos com frequência e observar sinais de cansaço, tosse persistente e dificuldade para respirar.
Um problema coletivo
Além dos cuidados individuais, o período de estiagem eleva os riscos de incêndios em áreas de vegetação. Autoridades reforçam que a população deve evitar queimadas e acionar o Corpo de Bombeiros em caso de focos de fogo.
Enquanto a chuva não retorna, especialistas reforçam que a prevenção é a melhor forma de enfrentar o tempo seco. O cuidado coletivo e a atenção com os mais vulneráveis são essenciais para atravessar este período sem grandes impactos à saúde.
Redação Nossa Oeste