Por meses, o CultMusicPopJan percorreu Jandira como quem atravessa uma cidade carregando luz, memória e esperança. De bairro em bairro, em ruas, escolas, praças e centros comunitários, o projeto transformou nove espaços públicos em palcos vivos, onde a cultura popular dialogou com o contemporâneo, e onde cada artista, dos 6 aos 85 anos, encontrou lugar, voz e afeto.
Contemplado pelo Edital nº 02/2025/SMCT, com patrocínio do Fundo Municipal de Incentivo à Cultura de Jandira, apoio da Prefeitura, da Secretaria de Cultura e do Conselho Municipal de Política Cultural, o CultMusicPopJan reafirmou seu compromisso com a democratização da cultura e mostrou que, quando a arte ocupa as ruas, a cidade inteira respira diferente.

Uma jornada de encontros, acolhimentos e pertencimento
Foram meses intensos. No caminho, fantoches coloridos encontraram crianças curiosas. O mamulengo dividiu espaço com a poesia do cotidiano. O Boi de Barrancas renasceu em meio a jovens que descobriram sua própria ancestralidade. A capoeira se juntou à música de diversos ritmos e o rap se misturou ao toque dos tambores. Tudo isso enquanto a equipe lidava com sol forte, chuva insistente, imprevistos e desafios.
E, mesmo assim, a cada apresentação os olhares brilhavam. Artistas que chegaram quebrados pelas dores emocionais foram acolhidos, abraçados e devolvidos ao palco, onde se tornaram parte da “família CultMusicPopJan”.

O brilho das apresentações: memória, futuro e ancestralidade
Na primeira fase, o Jardim Brotinho se transformou em território de encantamento. O espetáculo abriu espaço para a educação ambiental, para as histórias contadas com delicadeza por meio de fantoches, e para a força dos mamulengos que preservam a oralidade popular.
E, no ápice daquela tarde, o Boi de Barrancas de São Francisco tomou a rua Presidente Costa e Silva. Entre risos, cantos e narrativas de outras gerações, o público celebrou sua identidade cultural.

Em outro momento marcante, a Associação Cáritas recebeu “Yaci e o Segredo da Floresta”, um espetáculo infantil que transformou o pátio da escola em cenário mágico. A floresta ganhou vida, as crianças participaram ativamente, e a lenda da Serpente de Luz ensinou sobre respeito, proteção e pertencimento.
A presença carismática da boneca Miuxa completou o cenário, unindo alegria, música e inclusão em um momento que ficará guardado na memória da comunidade.


A última apresentação: um encerramento que abraça a cidade
Na última terça-feira (18), o CultMusicPopJan encerrou sua trajetória no Centro Comunitário Irmã Giovanna, localizado na rua Quinze de Novembro, na Vila da Amizade.
A tarde foi de pura magia e comprometimento: entre risos, música e encantamento, as crianças prometeram, com a sinceridade que só a infância traz, ajudar a cuidar da natureza, proteger a floresta e honrar os povos originários.
Foi um encerramento simbólico, que reforçou a mensagem central do projeto: toda transformação começa com um gesto simples, um convite à imaginação e um coração disposto a aprender.

A fala da proponente e o sentimento de missão cumprida
Ao finalizar as duas fases, a proponente Adriana Biazoli resume, com sensibilidade, o que foi viver o CultMusicPopJan:
“Lidamos com o que há de mais lindo: talentos, sonhos e despertamos inúmeras emoções. Foi desafiador fazer a coordenação geral do projeto, mas o objetivo foi alcançado; fomos inspiração.”
Agradecimentos que mantêm a chama acesa
Adriana Biazoli faz agradecimentos especiais a todos que, nos bastidores, contribuíram para que a chama da cultura permanecesse acesa: à Secretaria de Cultura e seus integrantes, à Prefeitura de Jandira, ao Legislativo, que possibilita por meio de projetos o fortalecimento das ações culturais, e ao Conselho Municipal de Política Cultural, que oferece tempo, diálogo e sensibilidade para que iniciativas como esta floresçam.

Um legado que permanece
Mais do que um projeto cultural, o CultMusicPopJan se firma como ação de pertencimento, de formação cidadã e de fortalecimento das tradições brasileiras.
Ao longo de nove apresentações, Jandira presenciou a união entre cultura, educação, ancestralidade e diversidade. Uma obra construída a muitas mãos, com coragem, resistência e amor.
E, enquanto o último som ecoava no ar, permanecia a constatação:
A cidade é mais viva quando a arte caminha com ela.
E o povo é mais forte quando se reconhece em sua própria cultura.

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Redação Nossa Oeste – Jornalismo com Propósito

