Na gaveta da cozinha, no armário do banheiro, no canto esquecido da bolsa ou da mochila… Muitas vezes, os medicamentos vencidos permanecem ali, como memórias de dores antigas ou cuidados mal concluídos. Mas o que pouca gente sabe — e quase ninguém fala — é que descartar remédios no lixo comum ou no vaso sanitário pode causar grandes danos ao meio ambiente e à nossa saúde coletiva.
O perigo do descarte incorreto
Quando medicamentos vencidos são jogados no lixo comum, eles podem chegar aos lixões e aterros, contaminando o solo e a água. Se forem descartados no vaso sanitário ou na pia, os princípios ativos podem alcançar rios e mananciais, prejudicando ecossistemas inteiros e até retornando para nós em forma de contaminação indireta.
Além disso, manter remédios vencidos em casa representa risco de ingestão acidental, principalmente para crianças e idosos — e sabemos que a distração de um momento pode custar caro demais.
Onde e como descartar corretamente
A boa notícia é que existem pontos de coleta específicos para medicamentos vencidos. Farmácias, drogarias e até unidades de saúde costumam receber esses itens. O ideal é descartar os comprimidos e líquidos em suas embalagens originais, sempre lacradas. Já as caixas de papelão e bulas podem ser separadas e encaminhadas para a reciclagem.
Algumas redes farmacêuticas, como Droga Raia, Drogasil, Pague Menos e Panvel, possuem coletores próprios para esse fim. Verifique na sua cidade — e se não encontrar, questione! Quanto mais formos conscientes, mais podemos exigir políticas públicas eficazes.
Consciência que se espalha em silêncio
Talvez você nunca tenha pensado nisso. Talvez até tenha jogado fora aquele xarope vencido sem nem saber que havia outro caminho. Mas a boa comunicação nasce do afeto, e o cuidado nasce da informação. Compartilhar esse conhecimento pode salvar vidas e preservar o futuro.
Espalhe. Fale com seus filhos, vizinhos, colegas de trabalho. Envolva a escola, os grupos de apoio, os coletivos de cultura. A transformação acontece em pequenas doses.
E se possível, abra aquela gaveta esquecida hoje mesmo. Seu gesto pode ser o começo de uma corrente de cuidado que vai muito além das nossas casas.
Adriana Biazoli
Jornalista, escritora e agente cultural. Comunicadora por essência e narradora de histórias com alma. Atua no fortalecimento da cultura, da empatia e da esperança através da palavra.
Gostou desse conteúdo? Comente, compartilhe e siga o Portal Nossa Oeste no Instagram
📩 contato@nossaoeste.com.br |
Instagram: @adrianabiazoli