Nesta terça-feira, 7 de maio, é celebrado o Dia Mundial da Asma — uma data essencial para alertar sobre uma doença respiratória crônica que, mesmo com os avanços da medicina, ainda mata. A asma afeta mais de 300 milhões de pessoas no mundo. No Brasil, estima-se que cerca de 20 milhões de pessoas convivam com ela, muitas sem o diagnóstico ou o tratamento adequados.
A asma é marcada pela inflamação das vias aéreas, o que leva a sintomas como falta de ar, chiado no peito, tosse seca e aperto no peito. Em muitos casos, é possível controlar a doença, mas as crises podem ser fatais, especialmente quando desencadeadas por fatores alérgicos e ignoradas.
Gatilhos: o que pode causar uma crise de asma?
Diversos fatores podem desencadear crises asmáticas. Os mais comuns são:
- Ácaros, poeira, mofo e pelos de animais
- Mudanças bruscas de temperatura
- Poluição do ar
- Cheiros fortes (perfumes, produtos de limpeza, fumaça)
- Atividade física intensa sem preparo
- Emoções fortes (estresse ou ansiedade)
- Alimentos ou substâncias com potencial alérgico
O caso recente da jovem Thais Medeiros, de 23 anos, ganhou repercussão nacional ao evidenciar o risco dessas reações. Ela sofreu uma reação alérgica grave após cheirar uma conserva de pimenta-bode, o que causou uma parada cardíaca. Mesmo socorrida e levada à UTI, Thais foi diagnosticada com edema cerebral e lesões irreversíveis, deixando o país em alerta sobre os perigos silenciosos das crises alérgicas e respiratórias.
Esse triste episódio é um lembrete duro: cheiros fortes podem, sim, ser fatais para quem tem asma ou outras condições alérgicas.
A situação no Brasil
Por ano, cerca de 2.000 brasileiros morrem em decorrência de crises asmáticas, de acordo com dados do Ministério da Saúde. A asma também é a terceira maior causa de internações pelo SUS entre as doenças respiratórias, afetando especialmente crianças e idosos.
Apesar do tratamento ser oferecido gratuitamente pelo SUS, a desinformação, o abandono do tratamento e o estigma ainda impedem que muitas pessoas levem a asma a sério.
É possível viver bem com asma
Com acompanhamento médico, uso correto dos medicamentos e conhecimento sobre os gatilhos, a maioria das pessoas com asma pode levar uma vida ativa e saudável. O problema está no descuido — pessoal, social e institucional.
Campanhas educativas, como as que ocorrem no Dia Mundial da Asma, são fundamentais para salvar vidas e quebrar o silêncio em torno de uma doença que ainda é invisibilizada.
Hoje, mais do que nunca, é dia de respirar fundo, informar-se e cuidar. Asma não tem cura, mas tem controle — e o cuidado pode fazer toda a diferença entre uma vida limitada e uma vida plena.
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Redação Nossa Oeste