Na manhã desta segunda-feira (26), a Secretaria de Educação de Jandira deu um importante exemplo de responsabilidade social e cuidado com a infância ao paralisar suas atividades administrativas para participar de uma ação do Maio Laranja, campanha nacional de enfrentamento ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes.
A iniciativa, promovida pela secretária adjunta Liliane de Almeida Barbosa, reuniu todos os servidores da secretaria para um momento de acolhimento com café da manhã, seguido de uma palestra conduzida pelas conselheiras tutelares Clarícia e Sandra. Com escuta sensível e abordagem firme, elas trouxeram reflexões profundas sobre os desafios cotidianos enfrentados no combate à violência sexual infantojuvenil.
Durante a fala das conselheiras, foi enfatizada a importância do 18 de maio, data que marca o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A data foi instituída em memória de Araceli Cabrera Sanches Crespo, uma menina de apenas 8 anos, sequestrada, violentada e assassinada em 1973, em um crime que, mesmo brutal, permanece impune. O caso chocou o país e tornou-se símbolo de uma luta que ainda precisa de visibilidade, justiça e ação concreta.
Segundo dados do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, o Brasil registrou mais de 180 mil denúncias de violência contra crianças e adolescentes em 2023, sendo que mais da metade envolvem algum tipo de violência sexual. E especialistas alertam: esses números representam apenas uma parcela dos casos reais, já que muitos não chegam às autoridades.
Nesse cenário, ações como a realizada em Jandira tornam-se essenciais para fortalecer a rede de proteção, incentivar a denúncia por meio do Disque 100 e, principalmente, promover uma cultura de prevenção e cuidado.
Sob a nova liderança do secretário municipal de Educação, Wiliam Jardim Pinheiro, e da secretária adjunta Liliane de Almeida Barbosa, a pasta reafirma o compromisso com a escuta ativa, a humanização e a construção de um ambiente seguro e protetivo para todas as crianças da rede pública.
“É preciso quebrar o silêncio e falar sobre o que fere. Cada palestra, cada informação, cada atitude consciente é um passo rumo a uma infância protegida”,
destacou Liliane.
Redação Nossa Oeste