Na pressa do dia a dia ou na tentativa de deixar a casa mais limpa e cheirosa, muitas pessoas acabam recorrendo a uma prática perigosa: misturar produtos de limpeza. Parece inofensivo — uma tampinha de água sanitária aqui, um pouco de desinfetante ali — mas essa combinação pode desencadear uma reação química grave, com consequências fatais.
Produtos de uso doméstico como água sanitária, detergente, limpadores multiuso e desinfetantes contêm compostos químicos que, quando misturados, podem liberar gases tóxicos, como a cloramina ou o cloro gasoso. Esses gases afetam diretamente o sistema respiratório e os olhos, podendo causar tontura, desmaios, intoxicação e até parada respiratória. Pessoas com doenças respiratórias, como asma ou rinite, ou com histórico alérgico, são ainda mais vulneráveis.
Casos reais que comprovam o perigo
Em 2022, Leah Seymour, uma jovem de 34 anos, faleceu após misturar água sanitária com detergente para limpar o banheiro em Londres. A mistura liberou vapores tóxicos que causaram uma grave crise de asma. Ela foi hospitalizada e colocada em coma induzido, mas não resistiu e faleceu quatro dias depois.
No Brasil, Maria Luiza Rodrigues, de 20 anos, quase perdeu a vida em 2023 após misturar água sanitária com um produto “limpa-piso” em seu banheiro. A jovem sofreu uma forte reação alérgica, foi levada às pressas ao hospital e só sobreviveu após receber doses emergenciais de adrenalina.
Já em 2024, o DJ Raphael Voolk, de 29 anos, passou por duas convulsões ao limpar o banheiro com excesso de cloro e desinfetante em um ambiente mal ventilado. Ele desmaiou e precisou ser socorrido às pressas. O diagnóstico foi anafilaxia por inalação de compostos tóxicos.
Cuidar da casa também é cuidar da vida. Antes de buscar um brilho a mais no chão ou um aroma mais forte no banheiro, pense na sua segurança. Leia os rótulos, use cada produto separadamente e mantenha o ambiente ventilado durante a limpeza.
Evitar essas misturas é um ato de carinho por você e por quem vive ao seu redor — especialmente se você estiver sozinha em casa. Numa emergência, a ausência de ajuda imediata pode ser a diferença entre a vida e a morte.
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Redação Nossa Oeste
