O médium, educador e filantropo Divaldo Pereira Franco faleceu nesta terça-feira, aos 98 anos, deixando um legado espiritual, social e literário que impactou milhões de vidas no Brasil e no mundo. Considerado um dos maiores divulgadores da Doutrina Espírita, Divaldo partiu após décadas de dedicação à caridade, ao acolhimento humano e à promoção do amor ao próximo.
Nascido em Feira de Santana (BA), em 5 de maio de 1927, Divaldo descobriu sua mediunidade ainda jovem e, ao longo da vida, psicografou mais de 250 livros, muitos deles assinados por autores espirituais como Joanna de Ângelis. Suas obras abordam temas como espiritualidade, autoconhecimento, ética, valores humanos e a imortalidade da alma, sendo traduzidas para mais de 15 idiomas. Parte significativa dos direitos autorais foi revertida para obras assistenciais.
Entre suas contribuições mais notáveis está a criação da Mansão do Caminho, obra social fundada em Salvador (BA) ao lado de Nilson de Souza Pereira, seu grande amigo e parceiro de jornada. Desde 1952, a instituição oferece educação, assistência médica, psicológica e apoio social a milhares de crianças, jovens e famílias em situação de vulnerabilidade. Mais do que um abrigo, a Mansão é símbolo de acolhimento e transformação.
Com uma trajetória marcada pela palavra, pelo exemplo e pela fé, Divaldo Franco percorreu mais de 60 países levando palestras, congressos e seminários sobre espiritualidade, paz e amor universal. Suas falas inspiraram tanto espíritas quanto pessoas de outras crenças, sempre com respeito, empatia e compromisso com a elevação moral da humanidade.
Sua partida deixa um imenso vazio, mas também um rastro luminoso de ensinamentos e compaixão. Divaldo Franco segue vivo em suas obras, em cada criança acolhida, em cada alma despertada pela mensagem de esperança que semeou durante quase um século.
Redação Nossa Oeste