Adeus, Francisco!
O mundo silencia.
Acordamos com essa sensação de desamparo…
O sino toca não apenas no Vaticano, mas nos corações de milhões que, hoje, choram a partida de um homem santo, de um pastor de alma terna e olhar de pai.
Aos 88 anos, despede-se da Terra aquele que foi o primeiro Papa latino-americano, filho de imigrantes humildes da Argentina, que fez do seu papado um campo aberto, onde todos — todos mesmo — eram bem-vindos. Francisco, nome escolhido em reverência a São Francisco de Assis, refletiu em vida o que o santo pregava: paz, simplicidade, amor aos pobres e cuidado com a criação.
Ele caminhou entre reis e refugiados com os mesmos olhos bondosos. Tocou leprosos modernos, abraçou o diferente, beijou a dor alheia. Ensinou que a Igreja não é museu de santos, mas hospital de campanha para os feridos da alma. Suas palavras nunca foram armaduras, mas pontes. Sua fé, nunca de mármore, mas de carne viva.
Francisco foi o papa que lavou os pés dos marginalizados, que pediu “rezem por mim” com uma humildade tão revolucionária quanto suas atitudes. Foi o papa que sorriu com os olhos, que enfrentou poderosos em nome dos esquecidos, que carregou em seus ombros o peso de uma instituição milenar com leveza e humanidade.
Hoje o céu ganha uma estrela mansa.
E nós, na Terra, ficamos com o eco de seus gestos, com o calor de sua bondade, com a esperança que semeou em cada canto do planeta.
O mundo se cobre de luto, mas também de gratidão.
Obrigada, Francisco, por nos ensinar que a verdadeira grandeza está na humildade.
Sentiremos falta do seu jeito doce, da sua coragem serena, da sua alma adorável.
Foste farol em tempos escuros. Agora, és luz a iluminar a terra que tanto amou
Descanse em paz, Papa do povo
redação Nossa Oeste
