A cada seis horas, uma mulher é morta no Brasil vítima de feminicídio, segundo os mais recentes relatórios do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Apenas no primeiro trimestre de 2024, foram registrados 449 feminicídios consumados e 545 tentados, mostrando uma tendência preocupante de aumento nos casos. Em 2023, o número total chegou a 1.706 mortes confirmadas, destacando a gravidade do problema.
Além da violência direta contra as mulheres, casos extremos incluem agressões que visam atingir familiares, como filhos. Um exemplo trágico foi o caso de Luis Felipe Manvailer, amplamente divulgado, que assassinou sua esposa em Guarapuava, Tatiane Spitzner, foi encontrada morta após uma queda da sacada do apartamento onde morava com Manvailer. Laudo atestou asfixia mecânica como causa da morte da Tatiane.
Outro caso recente envolveu um homem que atentou contra a vida dos próprios filhos em São Paulo para atingir sua ex-companheira, um reflexo da crueldade e desespero de alguns agressores.
Causas e Ineficácia das Medidas Protetivas
O feminicídio está relacionado a fatores como machismo estrutural, possessividade e ausência de políticas eficazes de proteção às mulheres. Apesar da Lei Maria da Penha e das medidas protetivas disponíveis, muitas vezes estas não são respeitadas. Agressores ignoram ordens judiciais e, frequentemente, finalizam seus atos violentos quando as vítimas rompem os relacionamentos abusivos, assinando, literalmente, suas sentenças de morte.
Necessidade de Mudanças
O combate ao feminicídio exige não apenas o fortalecimento das medidas de proteção, mas também educação social, punição severa para os agressores e suporte psicológico às vítimas. Casos como esses continuam a aparecer nos noticiários e plataformas digitais, mostrando que o problema precisa de ações urgentes e abrangentes.
A Importância da Conscientização sobre o Feminicídio
A conscientização sobre o feminicídio é fundamental para combater essa grave violência de gênero, promovendo o reconhecimento de sinais de abusos e educando a sociedade sobre a necessidade de respeitar e proteger as mulheres. Campanhas educativas podem desmitificar atitudes machistas e encorajar vítimas a buscarem ajuda.
Como Ajudar na Prevenção
- Educação: Incentivar o diálogo sobre igualdade de gênero nas escolas e comunidades.
- Denúncia: Divulgar canais de apoio como o Disque 180.
- Engajamento: Participar ou apoiar ONGs que oferecem suporte psicológico e jurídico às vítimas.
- Cobrança de Políticas Públicas: Exigir ações efetivas, como casas de acolhimento e maior fiscalização das medidas protetivas.
Iniciativas comunitárias e políticas governamentais são essenciais para mudar essa realidade, garantindo proteção e justiça às mulheres.
Gláucia Martinelli
Colaboradora
Imagem de reprodução