Desvio milionário para apostas online expõe riscos legais e vício crescente

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A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (23/4), em Santa Catarina, a Operação Aposta Perdida, que investiga um grave caso de desvio de recursos públicos praticado por um funcionário da Caixa Econômica Federal. Lotado em uma agência na cidade de São José do Cedro (SC), o bancário é suspeito de ter desviado R$ 2,3 milhões do banco para alimentar o vício em jogos de azar online — popularmente conhecidos como “jogos do tigrinho”.

De acordo com as investigações, o servidor público utilizava seu cargo para realizar saques indevidos do caixa e efetuava pagamentos de boletos sem respaldo contábil. Parte significativa dos valores teria sido destinada a apostas em plataformas digitais, além da aquisição de um veículo com o montante desviado.

O suspeito foi alvo de mandado de busca e apreensão em sua residência, onde os agentes buscavam localizar bens adquiridos de forma ilícita e reunir provas para robustecer o inquérito. Ele poderá responder por peculato, crime previsto no artigo 312 do Código Penal Brasileiro, cuja pena pode chegar a 12 anos de reclusão, além de multa.

O caso escancara não apenas uma falha grave de controle interno na instituição bancária, mas também os impactos destrutivos do vício em jogos de azar online, que têm se espalhado com rapidez, especialmente entre jovens e adultos vulneráveis ao apelo das promessas de lucro fácil.

Além dos danos financeiros, o vício em apostas pode levar a consequências emocionais severas, desestruturação familiar, endividamento crônico e, como neste caso, à prática de crimes. Especialistas alertam que a facilidade de acesso a essas plataformas, muitas vezes sem regulamentação rigorosa, amplia os riscos e dificulta o controle por parte das autoridades.

O avanço das investigações segue sob responsabilidade da Polícia Federal de Dionísio Cerqueira (SC), e o caso reforça a necessidade urgente de políticas públicas e ações educativas voltadas à prevenção do vício em jogos e ao fortalecimento dos mecanismos de fiscalização dessas plataformas.

Com informações Metrópoles

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